
Em meus arquivos duas imagens caraterísticas da Ilha de Cotijuba vieram juntas, trazendo as matutinas idas pedagógicas, e resolvi postá-las por aqui, antes porém, pedindo licença aos alunos de Pedagogia, motivo deste blog.
Um salto deste sonho dei até chegar às palavramundo de Paes Loureiro (1991), marca de boa lembrança que, no vai e vem das ondas do barco pelas águas dos rios-mares paraenses, funda-se nas certezas das narrativas ouvidas pelos intermédios que ecoam dessas águas pardas, pois, para - e com - ele aprendi que os rios “escondem embarcações encantadas na manga de sua casaca de lendas, devora cidades, alimenta populações, guarda em suas profundezas ricas encantarias habitadas pelos Botos, Uiaras, Anhangás, Boiúnas, Cobra Honorato”.
Y la experiência me enseña
que el hombre que vive sueña
lo que es hasta despertar.
(Calderón de La Barca)
Referências:
ASSIS, Machado. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. (V. III)
BENJAMIN, Walter. Origem do drama barroco alemão. São Paulo: Brasiliense, 1984.
LOUREIRO, João de Jesus Paes. Cultura amazônica: uma poética do imaginário. Belém: Cejup, 1991.